sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CURIOSIDADES – QUIMICA DO CABELO

QUÍMICA DO CABELO: ph DO XAMPU

Os xampus que andam mexendo com a cabeça da mulherada são os xampus com pH neutro. Essa onda garante beleza e proteção às madeixas, além de conservar melhor os modernos tratamentos, tudo porque esse xampu possui a propriedade de não agredir os cabelos, será verdade? Existe uma explicação científica para esse fato?

Antes de explicar como os xampus auxiliam nos tratamentos capilares, vejamos em que consiste a estrutura dos cabelos. Um fio de cabelo contém moléculas que se ligam de maneiras diferentes, a estrutura do cabelo muda conforme a ligação.

São basicamente três formas de ligações moleculares presentes nos cabelos: pontes salinas, ligações de hidrogênio e pontes de dissulfeto. O segredo dos xampus está justamente aqui: mudar as interações que formam o fio de cabelo.

Para exemplificar, vejamos como mudar o visual apenas molhando o cabelo. Você já observou que os cabelos molhados tendem a permanecer sem volume? As pessoas com cabelos rebeldes usam dessa propriedade para compor um visual mais agradável, mas o problema é que quando secos, os cabelos voltam à posição inicial.

A explicação científica para este fato é que quando os fios de cabelo são molhados as ligações de hidrogênio presentes se quebram, mas ao secarem estas ligações são novamente formadas. Foi baseada nesta teoria que surgiram os xampus com pH neutro.

Quando o cabelo é lavado com xampu ácido (pH ≈ 1,5), além das ligações de hidrogênio, são quebradas também as pontes salinas, o resultado é o cabelo rebelde e seco. E não adianta procurar um xampu com pH elevado (pH ≥ 8), estes são os piores, pois são responsáveis pelo aparecimento das famosas pontas duplas, em razão das quebras das pontes de dissulfeto presentes nas extremidades dos cabelos.

Então, qual é o xampu ideal para manter os cabelos fortes e saudáveis? O recomendável é usar xampus com pH entre 4,0 e 5,0 (pH moderado). Com base nestas informações é possível formular um xampu ideal para seus cabelos, além de aprender mais sobre pH ainda ganhará um visual novo.

ATUALIDADES – FILTROS SOLARES

FILTROS SOLARES


Natália B. Ripamonti, Fernanda C. Guidastre
UNIFEB, SP


O espectro solar que atinge a superfície terrestre é formado predominantemente por radiações ultravioletas (100-400 nm), visíveis (400-800 nm) e infravermelhas (acima de 800 nm), pois nesta região se encontra o máximo de intensidade da luz emitida pelo sol. Nosso organismo percebe a presença destas radiações do espectro solar de diferentes formas. A radiação infravermelha (IV) é percebida sob a forma de calor, a radiação visível (Vis) através das diferentes cores detectadas pelo sistema óptico e a radiação ultravioleta (UV) através de reações fotoquímicas. Tais reações podem estimular a produção de melanina, cuja manifestação é visível sob a forma de bronzeamento da pele, ou pode levar à produção de inflamações e até de graves queimaduras.

A faixa da radiação UV ( 100 a 400 nm) pode ser dividida em três partes:

  • UVA ( 320 a 400 nm):

Freqüentemente a radiação UVA não causa eritema. Quando comparada com a radiação UVB, sua capacidade em induzir eritema na pele humana é aproximadamente mil vezes menor, porém penetra mais profundamente na derme. Induz a pigmentação da pele promovendo o bronzeamento por meio do escurecimento da melanina. Histologicamente, causa danos ao sistema vascular periférico e induz o câncer de pele, dependendo do tipo de pele e do tempo, freqüência e intensidade de exposição.

UVB ( 280 a 320 nm): A luz UVB atinge a superfície terrestre em pequenas quantidades, porém suficientes para desencadear uma série de reações fotobiológicas. A exposição excessiva do ser humano à UVB é apontada como a principal causadora de problemas de saúde como queimaduras e cânceres de pele, envelhecimento precoce e cataratas. Por outro lado, pequenas doses diárias deste tipo de radiação são fundamentais para a síntese de vitamina D no organismo.

UVC ( 100 a 280 nm): A radiação UVC é portadora de elevadas energias, característica que a torna extremamente prejudicial aos seres vivos. Devido à absorção pelo oxigênio e pelo ozônio na estratosfera, nenhuma radiação UVC chega á superfície da Terra. Sua energia maior permite que ocorram outros fenômenos que alteram as moléculas dos tecidos vivos, provocando danos importantes.

Um protetor solar eficiente deve prevenir não apenas uma possível queimadura, mas também reduzir o acúmulo de todas as lesões induzidas pela radiação UV, que podem aumentar o risco de alterações que causem danos a saúde. Como os filtros solares absorvem apenas parte da região do ultravioleta (UVA ou UVB), para se ter uma proteção completa deve-se fazer uma combinação destes filtros. Por outro lado, a combinação de diferentes tipos de filtros pode causar alto grau de irritabilidade quando aplicada à pele.

Para disponibilizar um filtro solar ao consumidor é necessário que o mesmo esteja incorporado a um veículo. A esta associação filtro solar/veículo denomina-se "protetor solar" ou "fotoprotetor".

Algumas características são exigidas para que os protetores solares sejam comercializados. Além de química, fotoquímica e termicamente inertes os protetores devem apresentar características como: ser atóxico; não ser sensibilizante nem irritante; não ser absorvido pela pele nem alterar sua cor; não manchar a pele e vestimentas; ser incolor; ser compatível com a formulação e material de acondicionamento e ser estável no produto final.

A eficácia de um protetor solar é medida em função de seu Fator de Proteção Solar (FPS). Todo filtro solar tem um número que determina o seu FPS, que pode variar de 2 a 60 (até agora, nos produtos comercializados no Brasil).

Encontramos comumente, nas formulações cosméticas os chamados de filtros físicos e químicos, que atuam através de mecanismos de ação diferentes e asseguram fotoproteção eficaz.

Os filtros solares químicos também podem ser chamados de filtros solares orgânicos e são divididos em classes de acordo com suas propriedades químicas. Eles procuram oferecer ao consumidor proteção ao UVA e UVB. A maior incidência de raios solares são dos raios UVA, para os quais não existia inicialmente uma proteção adequada disponível no mercado. A exposição ao UVA pode produzir bronzeamento direto da pele, porém também pode causar danos ao tecido elástico, e à pele fotoenvelhecida que se apresenta com maior freqüência na pele clara, especialmente nas pessoas idosas e nos jovens.

Os filtros solares físicossão compostos com partículas de tamanho reduzido que permitem espalhar, refletir ou absorver a radiação solar nas faixas UV, visível e até mesmo IV, desde que em quantidades suficientes para produzir um filme eficaz sobre a pele, capaz de garantir proteção a diversos comprimentos de onda.

A exposição à luz solar intensa acelera o processo de envelhecimento cutâneo e, portanto, a fotoproteção constante pode prevenir o fotoenvelhecimento, garantindo à pele um aspecto jovial por mais tempo. Assim, os filtros solares são considerados os melhores cosméticos, que procuram manter a juventude. O reconhecimento de que a proteção ao sol pode diminuir e possivelmente, amenizar os efeitos do fotoenvelhecimento da pele tem levado à inclusão do filtro solar em diversas preparações cosméticas como cremes hidratantes fotoprotetores, maquiagens faciais e no tratamento dos cabelos, pois estas áreas do corpo são constantemente expostas e submetidas à radiação solar.